Seis
municípios cearenses foram selecionados pelo Ministério das Cidades para
receber apoio técnico especializado do Projeto AdaptAÇÃO, iniciativa que vai
auxiliar prefeituras de todo o País a incorporar a agenda climática ao
planejamento urbano.
A
lista, anunciada na segunda-feira (17) durante a COP30, em Belém (PA),
inclui Granjeiro, Lavras de Mangabeira, São Gonçalo do Amarante, Sobral,
Maracanaú e Itapipoca.
O
Ceará aparece como um dos estados com maior número de cidades contempladas. As
vulnerabilidades climáticas vão desde secas prolongadas e ondas de calor até
riscos relacionados à ocupação desordenada e pressão sobre os recursos
hídricos.
As seis cidades escolhidas reúnem características estratégicas
para a adaptação:
- Granjeiro – pequenas cidades com desafios de drenagem e ocupação
em áreas de risco;
- Lavras de Mangabeira – urbanização acelerada e necessidade de
reforço em instrumentos de ordenamento;
- São Gonçalo do Amarante – pressão urbana associada a grandes
empreendimentos e presença de áreas suscetíveis a eventos extremos;
- Sobral – polo regional com forte calor urbano e demanda crescente
por soluções de mobilidade e resiliência;
- Maracanaú – município industrial com necessidade de integrar
planejamento urbano e mitigação de riscos climáticos;
- Itapipoca – área vulnerável a secas severas e eventos extremos
ligados ao litoral e ao semiárido.
Cada
um dos seis municípios enfrenta desafios específicos, mas com um ponto em
comum: a necessidade de fortalecer seus instrumentos de política urbana para
lidar com eventos climáticos mais frequentes e intensos. O apoio envolverá
revisão de regularização fundiária, estudos de impacto de vizinhança e
zoneamento, sempre sob a perspectiva de adaptação climática.
Equipes
formadas por professores, pesquisadores e estudantes de polos universitários
ligados ao Observatório das Metrópoles atuarão diretamente com as gestões
municipais.
O que é o Projeto AdaptAÇÃO
O
programa é considerado uma inovação dentro do Ministério das Cidades, por
envolver uma rede de universidades na elaboração de soluções técnicas junto aos
municípios. O objetivo é orientar as prefeituras a ajustar seus instrumentos de
planejamento urbano para reduzir vulnerabilidades e preparar as cidades para os
impactos das mudanças climáticas.
