O
consumidor cearense está comprando menos, mas pagando mais. É o que aponta um
levantamento da DM, empresa especializada em gestão de crédito para o varejo. O
ticket médio das compras em supermercados subiu 10% em 2025, passando de R$
143,40 para R$ 157,51, reflexo da inflação e da perda do poder de compra.
Segundo
a diretora comercial da empresa, Ariane Bete, o consumidor tem reduzido a
frequência das idas ao supermercado, mas gasta mais a cada visita. “Isso não
significa que está levando mais produtos, e sim pagando mais caro pelos mesmos
itens”, afirmou.
O
cenário preocupa: o IPCA acumulado até setembro chegou a 5,08% no Ceará,
segundo o Ipece, e os itens essenciais seguem entre os que mais pesam no bolso.
A cesta básica em Fortaleza foi cotada em R$ 677,42 em setembro — a mais cara
do Nordeste — mesmo após queda de 6,31% em relação ao mês anterior.
Com
rendimento médio mensal domiciliar per capita de R$ 1.690, segundo o IBGE, a
cesta básica compromete 40,1% da renda do cearense, acima dos 37% registrados
em 2024.
